CCDRC rejeita subsídio pedido pelos motoristas dos SMTUC
Um parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) pedido pela Câmara Municipal (CM) de Coimbra conclui que é impossível atribuir o subsídio de insalubridade reclamado pelos motoristas dos Transportes Urbanos, afirmou o presidente do Município, na reunião de Câmara de 7 de abril. “Recebemos o parecer da CCDRC relativamente à eventual atribuição do subsídio de penosidade e insalubridade aos motoristas dos SMTUC [Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra], parecer este que confirma esta total impossibilidade e atesta a razão da Câmara”, disse José Manuel Silva.
O parecer tinha sido pedido pela CM de Coimbra, depois de um documento dos serviços jurídicos municipais considerar que seria impossível a atribuição daquele suplemento, reclamado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), que marcou uma luta de 44 dias de greve no total até setembro. Os trabalhadores dos SMTUC já cumpriram dois dias de greve em fevereiro e três em março, exigindo a reposição das carreiras de motoristas e mecânicos e a consequente melhoria das suas condições remuneratórias.
O STAL defendeu a aplicação de um subsídio de penosidade e insalubridade, que apenas depende do município (ao contrário da reposição das carreiras), como forma de suspender a luta marcada. Para José Manuel Silva, “o STAL está a enganar os trabalhadores e a população e quer invocar este motivo para uma greve, que tanto prejudica os utentes mais pobres, representa falta de seriedade sindical”. “Continuaremos a trabalhar num suplementado adequado a estes profissionais, reafirmando que as greves nada acrescentam ao processo e são completamente desnecessárias e prejudiciais às pessoas”, disse.
O presidente da CM de Coimbra informou ainda que está já marcada uma reunião com secretários de Estado esta semana para analisar o problema.
LUSA/CM de Coimbra